Eu poderia começar contando que o Porto é a cidade que, historicamente, deu nome a Portugal. Poderia contar que Cale era uma antiga e pequena aldeia Celta, localizada na desembocadura do rio Douro, onde os romanos, quando de sua invasão, construíram um porto, Portus Cale, dando origem ao nome do País.

Poderia falar das imensas invasões que a cidade sofreu, desde os romanos, passando pelos Suevos, pelos Vândalos, pelos Mouros. Poderia contar do século de abandono e sofrimento por que passou; da bravura e coragem do seu povo, que a ajudou a se reerguer.

Poderia contar do Conde Vímara Peres, que reconquistou a região do Norte e constituiu o Condado Portucalense, criando uma identidade nacional e a base de Portugal como um País. Poderia falar da importância econômica, cultural, geográfica e estratégica da capital do distrito do Porto.

Poderia falar das embarcações que, de lá, saíram para conquistar o mundo, e do coração de D. Pedro IV de Portugal, I do Brasil, doado em testamento à cidade, em reconhecimento à fidelidade de seus cidadãos.

Poderia, ainda, citar os ilustres artistas que ali nasceram ou por que lá passaram, sendo para sempre tocados pela rara beleza de seu centro histórico – catalogado como Patrimônio Cultural pela UNESCO – e embriagados n´alma por seu tradicional e inesquecível vinho…

Mas a capital do Norte, “cidade da Virgem” é muito, muito mais que tudo isso: “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta”, a cidade do Porto narra sua história em cada ruela de seu centro medieval, em cada traçado de suas muralhas, em cada reflexo de água de seu Douro.

O Porto, para mim, não é uma cidade: é uma experiência, pessoal e irrepetível__ que eu não me canso de re-descobrir a cada nova visita.

Sete de Outubro de 2015, foi quando eu comecei a descobri-la, pela primeira vez. E sigo.

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